quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Capitulo 3 - O Mestre

                                                                                                            John

O Mestre


Ryan só podia estar brincando conosco. Salvar o universo? Com quem ele acha que está falando?
-Espera um pouco – Bryan levantou a mão, como um bom aluno – Se você é o senhor do Espaço e essa coisa aí é o senhor do tempo, quer dizer que... O senhor do Universo, existe mesmo?
Veja bem, Randy parecia ser um cara legal e de poucas palavras, assim como eu, mas não dava pra saber mos como ele era.  Sentado na poltrona havia uma figura humana praticamente mumificada. As ataduras eram negras e cobriam o corpo por completo, além disso, um manto igualmente negro pendia em seu ombro.
-Sim Bryan – Ryan respondeu, com o mesmo tom macio e calmo – O senhor do universo é real. Governante supremo deste mundo – A tristeza apareceu nos olhos de Ryan – É contra ele, que vocês terão que lutar...
- O que? – Levantei-me em surto de espanto e duvida, será que tinha ouvido direito? – vocês estão brincando não é?
- Não estamos – Dessa vez, Randy se pronunciou, com uma voz incrivelmente arranhada- Vou lhes mostrar o que aconteceu, naquela noite...
Não entendia o que estava acontecendo. Os relógios nas paredes se transformaram em areia e começaram a cobrir a sala, rodeando a mim e ao Bryan. Achei que sufocaria, mais uma vez indefeso contra um oponente, a segunda vez, no mesmo dia. Tudo ficou escuro, não se podia ver nada. Uma voz vibrante se pronunciou. Uma voz que poderia tirar o espírito de raiva e vingança de qualquer ser, incluindo a mim, e ao demônio dentro do meu corpo.
- Chegaram cedo meus guerreiros...
- Estou sempre aqui, mestre – A voz calma de Ryan ecoava na escuridão.
- Randy, onde está Alexia? – Perguntou a voz do Mestre.
- Está a caminho, senhor. É difícil para ela, se afastar muito do livro.
- Tem razão. – Apesar de não poder ver, tive a sensação de que ele estava olhando pra mim – Às vezes me esqueço...
- Mestre – A voz de Ryan ecoou mais uma vez – Por que toda essa escuridão? Não consigo ver, nem mesmo com os meus olhos.
E então tudo se iluminou. A luz mais brilhante e intensa que eu já senti. Uma energia tão positiva que praticamente queimava. Ficamos algum tempo com os olhos fechados, e aos poucos a luz foi diminuindo de intensidade, e nós nos acostumamos com o ambiente, agora iluminado na medida exata. Estávamos em um grande salão rodeado de escadas por todos os lados, e no centro uma cadeira de madeira em um estado lamentável, sentado nela estava o homem que finalmente podemos ver. Aquele que chamavam de mestre, o Senhor dos universos. Sua aparência não intimidava ninguém: Cabelos espetados e um rosto jovem, uma blusa verde, com as mangas dobradas, uma calça cinza mais larga do que deveria e em seus pés botas de ferro de alguma armadura. Entretanto qualquer um que olhasse para ele, o reconheceria como autoridade suprema, não por medo da incrível aura maçante que emanava de seu corpo, mas por respeito.
- Acho que vocês já entenderam, mas isso é apenas um conselho de um velho, mantenha isso em mente em momentos de decisões. Muita Luz causa o mesmo efeito que muita escuridão... Cega. Mas não foi por isso que os chamei aqui – Sua expressão ficou seria de repente – preciso de ajuda...
- Faremos tudo que quiser mestre. – Randy disse se aproximando do Mestre  – Estamos aqui para servi-lo.
- Infelizmente, Randy, nenhum de vocês poderá me ajudar. A situação é mais perigosa do que imaginamos. Uma massa de energia negativa se aproxima do nosso universo. – Uma imagem apareceu atrás dele  – Tão poderosa que sua influencia pode ser sentida com esta mera imagem. Algo assim não pode ser natural, essa energia foi mandada aqui de propósito; alguém esta querendo nos testar...
- Mas mestre. – Ryan virou-se para um lado e começou a caminhar enquanto falava – Se é algo tão poderoso, como vamos impedi-la?
- Não vão. Somente eu posso fazer isso – Apesar da noticia, sua voz ainda continuava solene e inspiradora - Vejam bem, meus guerreiros, se essa massa de energia entrar em nosso mundo, o equilíbrio ira desaparecer, tudo será destruído. Só teremos uma chance se eu absorve-la, quebrando o equilíbrio em minha alma; e aí vocês terão a tarefa de me parar...
- Como vamos fazer isso? – Ryan parou de andar e deu um grito – É contra as nossas leis!
- Sei disso Ryan, se acalme. Vou lhes contar uma história – Ele se levantou e em seguida se ajoelhou ao lado de sua cadeira – Há muito tempo, quando eu era apenas mais um guerreiro, existiam muitas guerras e batalhas em meu planeta. Eu estava prestes a perder o controle da batalha que decidiria o destino de muitas vidas, e em meio à confusão dos cavalos, tudo parou de se mover, a porta do espaço se abriu, e quatro pessoas saíram de dentro dela.  David, o senhor do Tempo, Merizze, o senhor do Espaço, Alexia, a Dama do Destino e por fim, Eric... O primeiro Senhor do Universo. Os quatro vieram diretamente a mim, me oferecendo algo  que jamais pensaria naquele momento de fúria e angustia: conhecimento.
Depois de algum tempo de auto esclarecimento da situação em que me encontrava, finalmente aceitei a proposta deles, entretanto não tive tempo para agradecer, Eric sentira uma força colidindo nas paredes de nosso universo. Uma força, que a pouco eu descobri de quem era...
- Conte-nos senhor – Ryan e Randy disseram ao mesmo tempo.
- O que chamou a atenção de Eric naquele momento, foram às chamas de uma ave colossal, vinda de um universo distante. Aqui nós a chamamos de Fênix. Entretanto, Eric não poderia permitir a entrada dela em nosso universo, o equilíbrio estaria ameaçado, e então a segunda surpresa aconteceu... Uma energia com força igual ao pássaro de fogo se aproximou, a ave estava inconsciente, mas sua aura ainda estava bem ativa, pois todos os “mundos menores” que se aproximavam dela se congelavam. Eric estava em uma situação critica; a Fênix estava quase invadindo de um lado e do outro os efeitos da aura passiva de Acalantes congelaria e enfraqueceria as barreiras, facilitando o trabalho da Fênix. Eric tomou a única decisão plausível; permitiu que o espírito desses grandes seres entrasse em nosso universo, e sendo um de fogo e outro de gelo o equilíbrio se manteria. O espírito da Acalantes continuou adormecido por muitas eras, vagando pelo universo, congelando planetas, enquanto a fênix procurava por algo, que até hoje não sabemos ao certo o que era. O fato é que há pouco tempo, o rastro desses seres desapareceu. O que vocês precisam fazer é encontrá-los e convencê-los a usarem seus poderes para me deter.
Todos ficaram em silencio, Bryan e eu nos entreolhamos rapidamente, num gesto de compreensão da situação.
- Mestre – Randy se curvou e disse – Faremos isso o mais rápido que pudermos.
- Eu gostaria que Alexia estivesse aqui. Ryan tinha os olhos tristes.
- Não se preocupe com ela Ryan – O mestre se levantou e se aproximou de Ryan – Não se preocupe com Alexia, Ryan, ela sempre estará lá, nos momentos de escolhas impossíveis.
Todos ficaram em silencio mais uma vez, mas não um silêncio constrangedor... Eles simplesmente não precisavam de palavras para se entender. Ryan e Randy assentiram com a cabeça, se curvaram para seu Mestre e saíram. Ryan fez um gesto com um pulso, como se virasse uma maçaneta invisível, enquanto correntes de areia apareciam aos pés de Randy e então ouvimos um grito de dor. Os dois pararam imediatamente e se viraram; atrás deles o Mestre estava de joelhos enquanto uma nuvem Roxa e negra o rodeava.
- MESTRE! – Os dois gritaram.
- Não se aproximem! – O mestre esticou as mãos enquanto falava – Vão, façam o que eu mandei!
- Não vamos deixar o senhor! – Ryan disse.
A aura negativa dominou o salão, o chão começou a tremer e eu não conseguia mais me mexer. Feixes de luzes saiam dos olhos do Mestre.
- Vamos Ryan, precisamos fazer o que ele mandou – Randy tomou a iniciativa, e já estava invocando suas correntes para sair dali, mas o Mestre não permitiu.
- Tolos... Deviam ter saído enquanto podiam
Ele se levantou e desferiu um ataque na direção dos dois, mas Ryan levantou as mãos abrindo um portal.
- Não vamos lutar contra o senhor! – Ryan disse pela primeira vez com raiva na voz.
- Eu sei que não, afinal, vocês não podem. A Lei não permite.
Confesso que não entendi muito bem essa parte, mas pelo que parece a Lei, é o principio absoluto de um ser, a regra auto ditada que não pode ser quebrada. E a lei dos três senhores é “Defender o Mestre do Universo”.
- É hora de morrer...
O Mestre era pelo menos 10 vezes mais rápido que Bryan. Não houve tempo para reação, Ryan e Randy já estavam sendo erguidos no ar pelo pescoço... Tudo estava perdido.

Uma luz branca - perola surgiu atrás do Mestre, que largou os dois homens e se afastou da luz. Essa Luz começara a tomar a forma de um vestido esvoaçante e aos poucos conseguimos ver a forma dela, a garota atrasada, Alexia, a dama do Destino. Cabelos longos e negros, rosto fino e feições simples, mas ridiculamente linda. Ela já compreendia a situação, não fez perguntas nem cara de surpresa.
- Rápido! Vamos fazer a prisão tríplice!
Eles entenderam o comando. Eu e Bryan ainda não conseguíamos nos mover.
- Não vou permitir! – O Mestre explodiu sua aura no ambiente.
Os três se posicionaram de costas um para o outro com Alexia de frente para o Mestre, expandiram suas auras e começaram a falar juntos: “As portas do espaço não te aceitarão, as correntes do tempo vão se partir, seu nome será apagado da existência. Pereça na terra da incompreensão e do inimaginável!”
Correntes de areia surgiam por todos os lados, portas se abriam e fechavam ao redor do Mestre enquanto a Luz branco - perola pairava sobre ele. Quando os três terminaram o Mestre parou de lutar, e disse com um pequeno sorriso “Tudo bem, brincaremos mais tarde”. Houve uma pequena explosão e não havia rastro do Senhor universo.

Estávamos de volta à sala dos relógios.
- O que vocês viram, foram nossas memórias – Demorei um tempo para reconhecer a voz arranhada de Randy.
- Há quanto tempo isso já aconteceu? – Bryan se virou para Ryan – Ele não teve tempo para assimilar toda aquela energia mesmo assim...
- Isso aconteceu a duas semanas usando a marcação de tempo Terráquea – Ryan olhou para mim de forma suspeita, como se soubesse o que eu estava pensando – O Fato é que precisamos de vocês, a prisão não vai segurar o Mestre por muito tempo. A influencia negativa é poderoa demais, mesmo lá ela continua fazendo efeito no equilíbrio.
- Sim, eu percebi, estávamos dentro de uma memória, e mesmo assim ela nos atingiu – Bryan parecia estar bem interessado.
- Lamento senhores – me levantei – mas não vou entrar nessa brincadeira. O Senhor dos universos do mal, significa, caos total; guerras e pessoas querendo matar umas as outras. Isso vai ser no mínimo divertido...
- John – Bryan se levantou também – Nós precisamos ajudar, só nos podemos, somos os escolhidos!
- Você esta adorando a idéia de ser o herói do dia não é? Não quero saber de Mestre ou de Universo.
- É você quem não está entendo – Bryan segurou a gola da minha blusa – São inúmeras vidas em jogo incluindo a sua!
- Não me importo – O empurrei para trás, olhei para Ryan e para Randy – Me acharam uma vez, vamos ver se conseguem fazer isso de novo.
Ativei o poder da Fênix, e forcei o portal que Ryan fizera para nos levar até ali, fiz o mesmo gesto e abri a maçaneta da porta invisível, atravessei e a destruí. Entretanto não funcionou tão bem como eu gostaria, não estava mais na Terra, fui parar em um planeta de outro sistema, e precisava voltar para a minha base. Por sorte o planeta era de tecnologia 7, consegui roubar uma nave pequena e fugi em direção a Terra.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Capitulo 2 - Mercenário



Mercenário.


Aqui é o John, Bryan estava insistindo para que eu falasse também. Vou deixar bem claro, eu não gosto de falar, então não vou aceitar interrupções. Eu sou um mercenário, faço o trabalho sujo. Roupas pretas e cabelos também pretos, lisos e até o ombro. 
Diferente de Bryan, eu sou um ser humano, e sou mais velho do que vocês podem imaginar. Havia recebido uma proposta de trabalho normal, de um cliente antigo e estava indo encontrá-lo no mesmo lugar de sempre. Não posso revelar o lugar, mas era uma espelunca, e nem vou me dar o trabalho de descrever o local. Já no inicio reconheci meu cliente, um homenzinho feio, de terno e chapéu pretos e óculos escuros; sentado no balcão. Me aproximei e sentei ao lado.
- Olá John.
Não respondi.
- Calado como sempre. Então vamos direto ao ponto; existe um homem que precisamos que desapareça. É um político influente, que recentemente descobriu sobre o mercado negro de tecnologias avançadas... Se esse idiota começar a espalhar a tecnologia, a Terra rapidamente se tornaria um planeta nível 5, e isso seria péssimo pra mim.
Ele pegou um dispositivo do bolso, que se transformou em uma maleta e a colocou sobre a mesa. Eu a peguei, sem fazer perguntas, e saí. Era um trabalho simples, tirar uma pedra do sapato. Rotineiro eu diria. O Político, vivia na Suíça, saia do prédio em que trabalhava as 18 horas todos os dias; É claro, que com as descobertas que havia feito, ele amplificou todo o sistema de segurança do local, mas isso não foi problema pra mim. Invadi o lugar e me dirigi diretamente para a sala dele, mas quando abri a porta não era meu alvo que estava do outro lado. A sala era comum, com uma longa mesa e janelas grandes. Sentado na ponta, com os pés na mesa havia um homem que eu nunca vira antes, Sobretudo azul e cabelos pretos, com duas mechas igualmente azuis.
- Está atrasado – Disse o homem.
- Quem é você?
- Não precisa saber.
Antes mesmo das palavras alcançarem meus sentidos ele me atacou com uma espada longa, da qual desviei por sorte. Saquei um de meus revolveres e atirei, mas ele era rápido demais e defendia as balas com a espada. Saquei o segundo revolver e disparei mais tiros; dessa vez ele não bloqueou as balas, entrou na chuva de tiros e arremessou sua espada em minha direção, que congelava minhas balas com o vento que produzia, bloqueei a espada com os canos das armas e a arremessei pra longe, enquanto isso, meu inimigo estava no teto vindo em alta velocidade com uma lamina menor, não tive escolha a não ser mostrar um de meus trunfos, invoquei meu cajado e bloqueei o ataque vindo do alto praticamente ao mesmo tempo.
- Você é um mago? – Ele estava surpreso – Achei que a magia havia sumido deste planeta.
- Eu estou vivo há muito tempo...
- Você é um guerreiro poderoso, então irei me apresentar. Meu nome é Bryan o Arcanjo do Vento.
- Um Arcanjo por essas terras? Quanta honra... Não costumo revelar meu nome, mas farei uma exceção: Eu sou John, o Mercenário.
- Nunca encontrei ninguém na dimensão dos Livres com tamanho poder, John, gostaria de lutar a sério com você.
Nós pulamos a janela, do 15º andar. Do lado de fora, havia um campo aberto e duas arvores, a cerca de 10 metros uma da outra. Eu nunca tinha visto Bryan na vida, mas sabia que seria uma batalha de verdade. Alguma coisa na energia dele despertava o mostro que existe em mim, quase como se fossemos... Iguais.
Paramos cada um ao lado de uma arvore e espalhamos nossa aura pelo ambiente. Vou explicar, para que vocês entendam: Em uma batalha de alto nível, a primeira coisa a se fazer, é espalhar sua aura, a força da sua alma no ambiente, se não fizer isso, os efeitos da aura do seu oponente podem afetar seu corpo e mente e quando isso acontece você morre. As auras se chocaram, podia sentir o frio tentando invadir o espaço que eu ocupara... A árvore do lado dele congelou, e a do meu lado floresceu e apodreceu em segundos com a energia quente vinda da minha aura.
Saquei meus dois revolveres e os envolvi com duas chamas mágicas, transformando minhas munições em bolas maciças de fogo. Corri na direção do Anjo enquanto atirava, mas a velocidade dele em campo aberto era ainda maior, conseguia cortar as balas com o fio de sua espada. Ele corria em minha direção também; guardei as duas armas, invoquei meu cajado e partimos pra luta corpo a corpo. No inicio foi difícil acompanhar a velocidade, mas rapidamente consegui acompanhar; fiz o cajado se manter na velocidade em que estava e me afastei alguns passos, peguei as armas e atirei uma grande quantidade de energia de fogo, que assumiu a forma de uma fênix. O golpe o atingiria em cheio, mas um circulo mágico apareceu no chão, e uma barreira de gelo apareceu entre ele e o cajado; dando tempo para que ele recuasse e usasse uma técnica parecida com a minha, envolvendo a espada com o gelo e lançado blocos que assumiram a forma de um pássaro estranho. A fênix de fogo quebrou a parede de gelo e se chocou com seu rival alado, gerando uma enorme explosão mágica que destruiu as janelas do prédio ao nosso lado.
- Eu conheço esse poder... Um monstro de fogo que desafia a morte, a Fênix! Bryan disse em tom de pânico e admiração ao mesmo tempo.
- Não deve falar de monstros, guardião. Essa aura congelante só pode ser daquela que burla as leis da natureza e trás as eras do gelo... Acalantes!
Veja bem, eu sou um mercenário, eu mato pessoas por dinheiro. Se o alvo não pode ser eliminado no dia combinado, eu o elimino no dia seguinte e devolvo a diferença para o cliente. Sou um profissional. Mas essa batalha não era algo que eu poderia simplesmente virar as gostas e voltar no dia seguinte em busca do meu alvo. Bryan sentia o mesmo, nós tínhamos que lutar!
Nos afastamos de novo, eu atirei a Fênix de fogo mais uma vez, e ele lançou a Acalantes de gelo, ambos estávamos correndo atrás dos pássaros, eu atirando e ele bloqueando. Foi aí que nossas vidas começaram a mudar... Antes dos golpes se chocarem correntes de areia nos seguraram no chão e uma porta aparecera no meio dos golpes, um homem estranho saiu da porta fantasma, usando calças jeans rasgadas, camiseta branca, sandálias ao estilo franciscano e um rosto cansado coberto por cabelos longos e um galho na boca. As aves de energia o atingiriam em cheio, mas ele simplesmente esticou as mãos e as parou.
- Vocês dois, entrem na porta... Por favor.
Nenhum de nós dois discutimos, e por mais que eu quisesse lutar, as correntes nos carregavam para a porta. Do outro lado porta havia uma sala pequena, com incontáveis relógios de todos os tipos espalhados pelas paredes, chão e teto; uma mesa de centro e quatro poltronas, sendo que uma delas já estava ocupada
O homem que nos guiou se sentou ao lado do outro que já estava ali, e nós, empurrados pelas correntes nos sentamos nas outras duas restantes. Então eles se apresentaram:
- Me desculpe pela interrupção de agora a pouco, parecia ser uma batalha emocionante, mas vocês não devem gastar energia assim, principalmente em planeta como este. A propósito, meu nome é Ryan. E este aqui do meu lado é Randy.
- O que vocês querem de nós? – Perguntei.
- Que salvem o nosso universo!