segunda-feira, 31 de março de 2014

Capitulo 7 - Lúcifer



 Lúcifer

 A dimensão do inferno já era bem familiar, pelo menos algumas partes da periferia da capital. O inferno é como um mar de sofrimento praticamente infinito; quanto mais fundo você vai, mais difícil fica de voltar. Nem mesmo eu me atreveria a entrar fundo demais.
Havia um tempo que eu não entrava nessa dimensão, da ultima vez Massato tinha acabado de tomar o poder com uma estratégia maluca. O Inferno, diferente das outras dimensões tem o poder dividido; O regente faz as leis e monitora as almas, e quem executa essas leis são os quatro cavaleiros do Inferno, ou apocalipse como quiser (não sei como você os chama). A existência deles é totalmente diferente da de qualquer um. Até mesmo da Fênix, quero dizer, eles eram do nosso universo, mas eram completamente distintos. Mas o que importa, é que esses caras me odiavam. Massato uma vez me disse que eles fizeram um acordo primordial com Eric e isso se tornou a “Lei” deles “Nunca interferir com os vivos” e eu, bem, tinha trabalho a fazer e o Inferno é um lugar ótimo pra se conseguir informação barata.
Passamos pelo portão e aparecemos em uma sala redonda, com um enorme vidro retangular na frente, como um gigantesco camarote, entretanto as imagens nasciam no vidro como em câmeras de segurança.
- Não olhe demais pra elas – Massato avisou – Você pode se perder.
Eu e Nina desviamos o olhar e nos concentramos em Massato.
- Vamos dar inicio ao plano – Falei – Nina você pega a pedra com a minha energia; Vá até o mercado e cause um enorme escândalo, agüente o máximo que puder. Massato vai distrair os cavaleiros do Inferno enquanto eu vou até a prisão do Lúcifer.
- Mas como você vai esconder sua presença? Os guardas já devem ter sentido a Fênix – Ela perguntou – E, além disso, você vai libertar e lutar contra Lúcifer sozinho?
- Eu vou esconder a presença dele. John vá até a ultima torre do castelo, seu alvo está lá – Massato disse – É o mínimo que posso fazer. Quanto ao feitiço...
Ouvimos o som de passos e alarmes sendo disparadas e quatro presenças mortíferas (literalmente) se aproximavam de nós. Massato se aproximou e estendeu a mão, achei que fosse um ultimo cumprimento, mas não era só isso, senti a aura dele cobrindo a minha. O disfarce perfeito. Segurei Nina, invoquei meu cajado e coloquei sobre nós dois o melhor feitiço de invisibilidade que eu conhecia, duraria cerca de 5 minutos, mas nesse tempo nossa presença seria esquecida do mundo, tempo suficiente para chegarmos a nossos destinos.
Saímos pela sala e passamos por um corredor vermelho e preto, o que eu fiquei imaginando se seria sangue ou alguma tinta muito exótica. Chegamos ao hall principal, os sinais tocavam e guardas saiam de todos os cantos, indo em direção a praça principal. Alguns, que provavelmente tinham patentes maiores se mantinham no hall, formando um pelotão de elite. Eu e Nina nos entre olhamos e ela saiu correndo em direção a praça, assim como havíamos combinado, enquanto eu tomava um rumo diferente.  Corri o mais rápido que pude até o ultimo andar do Castelo, passando por inúmeros guardas, que corriam desesperadamente, deixando seus postos, mas alguma coisa estava errada, os guardas já estavam se dirigindo para a praça antes mesmo de Nina começar a chamar atenção. Alguma coisa estava acontecendo para chamar a atenção deles tanto quanto a presença da Fênix. Então algo me veio à mente: Talvez um poder do mesmo tamanho tivesse forçado a entrada... Bryan. É claro que ele não perderia a chance de ser o herói ajudando Ryan e Randy a me procurar. Havia também outra coisa me preocupando, Arion ainda não tinha aparecido e seria muito complicado desfazer o feitiço de aprisionamento sozinho.

Segui as coordenadas que Massato me dera. Na medida em que avançava não encontrava mais guardas, Nina e seja lá quem mais fosse estavam fazendo um bom trabalho.  Depois de passar por muitos corredores estranhos, ladeados por caveiras e portas com placas do tipo “masmorra 1” e “Fundamentos de tortura aplicada” alcancei um salão diferente. O lugar era dominado pela escuridão, como se a energia do mundo fosse proibida de entrar. Tentei invocar o fogo, uma magia que, mesmo antes da Fênix, era fácil para mim, pois sou um mago vermelho, mas a escuridão se condensou e engoliu o fogo... Literalmente.
Saquei meus dois revolveres e invoquei o cajado, o poder da Fênix fluía em meu corpo, como se ela também sentisse o perigo. Aquilo não era um inimigo que eu pudesse subestimar.
- Apareça! – Gritei, mas não obtive resposta – Você gosta de Luz não é? Tudo bem.
Guardei os revolveres e peguei o cajado que flutuava do meu lado para conjurar um feitiço. Veja bem, há muito tempo quando a tecnologia da Terra ainda era nível dois, a magia habitava nosso planeta. Aqueles que seguiam os ensinamentos conseguiam retirar poder diretamente da sopa de energia primordial, entretanto com todas as guerras e matanças os Terráqueos se tornaram gananciosos demais, fazendo com que a magia nos abandonasse. Então para conseguirmos fazer os encantamentos e feitiços precisaríamos utilizar de nossa própria energia, de nosso próprio espírito [Bryan está dizendo que o espírito é a parte da Alma em que habita a energia primordial que compõe nossa existência Tudo bem idiota eles não precisam saber de tudo] o que definitivamente é muito perigoso.
Comecei a recitar o encantamento, e faixas de fogo surgiram em minha volta e começara a me rodear, quase que imediatamente, o monstro de escuridão apareceu e iniciou o que ele imaginava ser um banquete. Ainda estava fraco. Concentrei mais poder e as chamas, que eram amarelas foram se tornando alaranjadas e em seguida vermelho.
- Você sabe jogar guerreiro. – Era uma voz muito grava, e que soava como uma gaita – Vamos brincar de verdade.
A escuridão do lugar começou a se mexer, indo em direção ao meio do salão, tomando uma forma humanóide, porém com braços e pernas muito longos. Um ser feito completamente de trevas. Ele esticou os enormes braços e o fogo em minha volta se extinguiu, fiquei surpreso, mas tinha funcionado; agora eu sabia contra o que eu estava lutando.
- Você é amaldiçoado certo?
- Então você sabe sobre nós – Ele falou – Nós já fomos esquecidos por aqueles chamados de Livres.
- Banidos, na verdade – Corrigi – Banidos por Elohim, o Regente. E dizimados por Lúcifer.
- Não Brande esses nomes em minha presença, mortal!
Pelo jeito ele não gostava muito da verdade. O amaldiçoado espalhou sua aura no ambiente, e isso foi uma surpresa pra mim. Por sorte a Fênix mantinha meus reflexos ativos e espalhei minha aura no mesmo momento. A aura dos amaldiçoados normalmente é de desespero, pois é por isso que eles receberam esse nome. Pessoas que amaldiçoaram seu destino no momento da morte e não conseguiram encontrar nenhum caminho no grande fluxo. São como fantasmas, só que com muito poder.
Deixei meu cajado flutuando e peguei os revolveres, precisava guardar energia mágica para enfrentar meu verdadeiro adversário.
- Você está mantendo muito bem sua aura – Provoquei – Por quanto tempo vai conseguir fazer isso?
- Eu vou devorar sua alma!
Ele gritou e sua forma escura começou a borbulhar, braços enormes saiam de suas costas, e suas pernas aumentaram de tamanho, rapidamente ele se transformou em um imenso felino com braços espalhados pelas costas, mas o rosto ainda continuava sem feições. Ele avançou e eu desviei para o lado a parede atrás de mim foi completamente destruída. Atirei nele com balas mágicas, mas não teve resultado, minhas balas estavam sendo completamente absorvidas. Eu não queria gastar mais energia do meu próprio espírito, precisa dar um jeito apenas com o que eu tinha em mãos.
Ele avançou de novo, dessa vez espalhando Miasma pela boca. Pulei pro lado oposto, mas uma das garras dele conseguiu me acertar e me derrubando. Ele investiu mais uma vez, enquanto eu caia.
- Está deixando este ser desprezível te acertar John? – Era a voz da Fênix  em minha mente– Me dê o controle do corpo e eu acabarei com todos os seus inimigos, vou realizar seus desejos.
- Não preciso de você pra acabar com esse cara!
Achei que estava respondendo mentalmente, mas na verdade eu gritei com o monstro e um impulso de fogo vindo do meu cajado o acertou em cheio, me dando tempo pra sair dali e ficar de costas pra abertura que ele havia feito antes. Peguei os revolveres e fechei os olhos, me lembrei da luta contra Bryan, e de como eu usei o poder da Fênix pra fugir de Ryan. E então senti o poder fluir mais uma vez, mas o monstro ainda não havia desistido a pressão da aura dele tinha aumentado. Essa seria a investida final.
- Você quer a minha alma gatinho? – provoquei mais uma vez – Vem buscar!
Usei o poder da Fênix e quando o amaldiçoado se aproximou eu me teletransportei para o outro lado da sala onde meu cajado estava. O monstro conseguiu frear a tempo de sair da sala, mas eu previra isso, e então o circulo de magia brilhou nos pés dele, ele tentou sair, mas bateu na barreira mágica que eu havia criado ali. Desfiz o cajado, guardei os revolveres e andei até o monstro.
- Você lutou bem, agora me conte onde é a prisão de Lúcifer!
- Você jamais derrotará o antigo Regente, guerreiro do fogo, ele é poderoso demais.
- Protegendo o homem que dizimou todos os seus companheiros?
Ele não tinha olhos, mas podia sentir que ele estava me observando, decidindo se valia à pena ou não me dizer a verdade.
- Siga até o fim do castelo... Massato prendeu Lúcifer na ultima torre, mas os quatro cavaleiros colocaram um feitiço nela, nem mesmo eu sei que feitiço seria.
- Certo, obrigado, você foi de muita ajuda.
Continuei meu caminho, passei o circulo mágico e estalei os dedos, criando um enorme obelisco de chamas vermelhas, reduzindo o monstro a nada, nem mesmo sobras.

Pelo caminho encontrei um ou dois guardas, desses que não saem de seus postos, em hipótese alguma, mas eram todos fracos demais comparados com o monstro amaldiçoado. Lúcifer foi um tolo em destruí-los, devia ter feito deles os guardas oficiais do Inferno. Finalmente cheguei a ultima torre e comecei a subir as escadas que eram estreitas e circulares. Eu não teria percebido se estivesse sozinho... A Fênix me avisara assim que eu entrei no feitiço:
- Idiota... Você está em looping, pare de correr!
- Minha percepção de tempo e espaço foi completamente apagada; esse feitiço é avançado demais, achei que somente Ryan e Randy poderiam fazer algo assim.
- Não é bem assim que a coisa funciona idiota. – A Fênix disse – Os senhores do tempo e espaço são agraciados com os segredos do universo, mas qualquer um que conseguir descobri-los também poderá fazer praticamente tudo que eles fazem. Provavelmente esses que você chama de cavaleiros do Inferno descobriram coisas demais por meios não convencionais, e então Eric fez um acordo com eles. Assim como fez comigo.
- Então você consegue nos tirar daqui?
- Não quero...
- Você é um bebê – Mais uma vez eu gritei de verdade ao invés de falar mentalmente -  Se eu ficar preso aqui, você também fica!
- Você quer encontrar Lúcifer não é, pois então pare de gritar comigo, e use meus olhos. Ele está bem na sua frente.
Ativei o poder da Fênix em meus olhos. Não gosto de fazer isso, pois a visão dela gasta muita energia física. Os degraus desapareceram e tudo ficou plano. Quatro pilastras enormes sustentavam a abóbada do que parecia uma igreja. Os bancos estavam empilhados em um canto juntamente com castiçais, e replicas de santos, mas no altar estava ele, crucificado em uma cruz de madeira, Lúcifer.
Enfim consegui encontrá-lo, o antigo regente do céu. Nem mesmo eu sei ao certo como ou porque Massato o tirou do poder, mas olhando assim ele não parecia ser um cara ruim. [Bryan está dizendo que os Regentes foram escolhidos por Eric. São almas que já deveria ter ido para um universo mais poderoso, mas preferiram continuar sua evolução ajudando o Mestre] Mas a verdade é que eu estava com um pouco de medo de enfrentá-lo, é eu estava com medo, mas isso não me parou; meu desejo de poder era ainda maior.
Invoquei meu cajado e um pergaminho. Sentei de frente para Lúcifer e comecei a entoar. Isso mesmo, eu entreguei o feitiço de aprisionamento para Massato, um feitiço que eu mesmo inventei para motivos que não vem ao caso agora. Era uma magia perigosa demais, com restrições demais para ser usada, mas Massato conseguiu, e não podia morrer com isso, pois ele, tecnicamente já estava morto. Entretanto fazer o comando inverso, não exigia praticamente energia alguma, apenas conhecer o feitiço original. O pergaminho continha uma quantidade extra de energia, que usei para me restaurar (a luta contra o amaldiçoado me desgastou mais do que eu havia imaginado) e comecei a recitar a magia.
A cruz começou a rachar e o corpo de Lúcifer ganhava brilho e vida pouco a pouco, quando terminei, ele iluminou toda a nave da igreja me cegando por alguns segundos. O brilho parou e ele desceu flutuando. Cabelos alaranjados e curtos, feições finas e olhos verdes. O brilho se transformou em uma calça verde militar e botas pretas.
- Obrigado por me libertar – Sua voz era incrivelmente normal – A quem devo minha gratidão?
- Meu nome é John, mas você não me deve nada, preciso de uma coisa que está com você.
- E o que seria? – ele perguntou – Como pode ver, fui selado por um verme, sem posse de nada.
- Já ouviu falar nas armas de Eric?
Acho que ele entendeu o que eu quis dizer, pois olhou para o próprio estomago como se agora tudo fizesse sentido.
- Diga-me guerreiro, como eu retiro esse poder, e lhe garantirei um papel de destaque no novo mundo que criarei!
- Você não entende nada do que está acontecendo no universo... Além disso, quem vai criar um novo mundo serei eu!
Peguei os dois revolveres e atirei sem parar. Lúcifer era forte, e rebateu todas as balas com a palma das mãos. Ambos pulamos para trás e expandimos as auras. Então uma coisa que eu nunca havia visto aconteceu, minha aura foi completamente sucumbida, entretanto eu não sentia os poderes da aura de Lúcifer sobre mim.
- Sua aura é poderosa, John –Ele disse – A Fênix encontrou um bom hospedeiro, mas não importa, pois enquanto estiver dentro do meu território, nenhum poder alem do meu poderá se sobressair. Se quiser me vencer terá que ser na força, pois no espírito você já perdeu. Vou destruir você e fazer você me dizer como eu retiro esse poder que reside dentro de mim!
Lúcifer possuía um dos tipos mais raros de auras; o da supressão. Pessoas com esse poder geralmente são fisicamente extraordinários, por isso são praticamente impossíveis de se vencer em uma luta justa, mas agora eu não podia parar. “Fênix, pode fazer alguma coisa contra isso?”. Sem resposta. Não sabia dizer se aura de Lúcifer cancelava até mesmo meu contato com o pássaro, ou se ele estava simplesmente me ignorando. Ia ter que lutar somente com o que eu tinha: um cajado que não servia pra muita coisa já que não podia usar minha aura, o que limitava o numero de magias que eu podia usar somente com energia física e dois revolveres.

Lúcifer era incrivelmente rápido, para quem tinha acabado de acordar [Sim Bryan, mais rápido que você] e começou a desferir socos que eu não conseguia defender. Uma seqüência de socos e fui jogado sobre a pilha de bancos. Rolei para o lado e comecei a atirar tudo que eu tinha, por sorte eu ainda conseguia produzir balas de fogo mágico com a energia física, mas era arriscado fazer isso, em breve não teria forças pra me mover. Parei de atirar procurando conservar minhas energias e corri em direção a ele. Levei alguns socos até conseguir acompanhar a velocidade dele. Não adiantou nada... Quando percebi o pé direito de Lúcifer já estava a centímetros de minha cabeça, fui jogado novamente na pilha de bancos.
Minha vontade era de ficar ali sabe, então pensei em Bryan, e como ele seria o grande herói do universo caso eu falhasse ali (pode pensar que eu sou invejoso, não ligo) e uma grande fúria me atingiu, levantei espalhando os bancos pra todos os lados. Meu espírito estava emanando um poder diferente da aura convencional, eu não sabia o que era, mas estava muito confiante. Peguei os revolveres e atirei novamente, ele tentou defender com as mãos, mas as balas o atingiram derrubando-o.
- Parece que você possui algo afinal de contas – Lúcifer parecia feliz – Assim será mais divertido, quando eu mandar você de volta pra sopa primordial!
Eu não esperei que ele terminasse, peguei o cajado e corri na direção dele. Pulei o mais alto que pude, envolvi o cajado com chamas azuis e o lancei. Peguei as armas e comecei a atirar enquanto caia [Não Bryan, essa estratégia não é sua]. Lúcifer tentou defender o cajado, mas o fogo azul começou a cobrir seu corpo, o que aumentava o poder das balas. O dano deveria ter sido gigantesco, mas ele começou a rir. Cheguei ao chão e parei de atirar, já que ele não parava de rir.
- Magnífico, John, magnífico!
Pulei para trás, um circulo mágico apareceu sobre os pés de Lúcifer e o cobriu com um brilho negro que logo se transformou em uma armadura e uma espada da mesma cor. Podia sentir a diferença de poderes; sem a Fênix não poderia derrotá-lo.
- Chegou a hora de virar NADA!
Ele esticou as mãos e uma onda de choque negro me atingiu, me deixando paralisado. Não havia o que fazer, Lúcifer deferiu um golpe com a espada que me atingiria no peito. Por sorte, meu cajado se moveu sozinho e defendeu o ataque, mas a espada de Lúcifer o partiu ao meio.
Eu ainda estava paralisado, a próxima espadada seria fatal, mas uma voz conhecida gritou de longe:
- Você não faria isso, faria Lúcifer?
Arion caminhava pela sala, tirando alguns bancos do caminho.
- Você se envolve com pessoas muito interessantes, Arion!
Para minha surpresa eles se conheciam. De certo, os efeitos do choque negro haviam terminado e eu consegui me mexer. Me afastei o Maximo que pude.
- Arion – Gritei – Você conhece esse cara?
- Digamos que nós lutamos juntos algumas vezes, há muito tempo atrás – Ele respondeu.
- Arion – Disse Lúcifer – nós lutamos juntos no passado, mas agora eu irei destruir vocês dois.
- Sem ressentimentos!
Arion olhou para mim e eu entendi de imediato, nós dois lutávamos muito bem em conjunto e essa seria a melhor hora.




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